31 de dezembro de 2007

Qual a diferença entre o primeiro e o último dia das nossas vidas?

No primeiro, queremos sempre começar algo.
No último, lamentamos o que não acabamos por começar.

26 de dezembro de 2007

25 de dezembro de 2007

Gosto e não gosto.

Gosto de me sentar de pernas cruzadas na cadeira que não tem espaço para isso. Gosto de ter as mangas do casaco exageradamente compridas, e do cheiro da gasolina. Gosto de gasolineiras, e do sinal de proibição de fumar.
Gosto de acordar e ter o Milkshake de chocolate dentro do frigorífico à minha espera. E de andar descalça. E de comer torradas.
Gosto do cheiro dos rojões da minha mãe. Gosto da Praça D. João I, da Cordoaria, e da Cadeia da Relação. Gosto do ar imponente dos tribunais, gosto de fontes que realmente são fontes pois têm água. Gosto da minha cama, de cobertores, de dormir enrolada neles, e de acordar fazendo de conta que estou a dormir.
Gosto do Anthony Hopkins, gosto da Amélie Poulain não porque está na moda gostar, mas porque é realmente bom. Gosto de cinema, de filmes que me transmitam algo, ou simplesmente daqueles assustadores. Gosto que o susto se fique pelas salas de cinema, e não passe para a vida real.
Gosto de Português, gosto de literatura, cultura e história.

Não gosto de roupa com menos 5 tamanhos, não gosto mesmo nada de marmelada. Ou compotas. Não suporto que estalem os dedos, ou me chamem coisa, até porque gosto do meu nome. Não gosto de ter as unhas roídas, no entanto, roo. Não gosto de comédias, prefiro dramas. Não gosto da Avenida dos Aliados cheia de modernices e mariquices. Não gosto de Braga, cada vez que vou lá, sinto-me mal. Não gosto de passar 3h no Parque Nascente, não gosto de chuva, e não gosto de não ter dinheiro. Não gosto de cores que me fazem doer os olhos. Não gosto que contem os meus segredos, e gosto ainda menos que ameacem contar.
Não gosto de ter a cabeça confusa.
Mas gosto de confusão e stress q.b. na minha vida.
Não gosto de coisas normais.
Gosto de quase tudo que seja esquesito.

O meu planeta preferido é Marte. Gosto do Sócrates e do Platão, gosto do Manuel Alegre. Odeio a direita política, odeio o Cavaco Silva, mas gosto do Marcelo Rebelo de Sousa.

O meu carro preferido tanto pode ser o Porshe 911, como o Mazda 2, como o Renault 5. Não gosto de não saber o que quero, mas gosto de saber que tenho várias hipóteses na cabeça, e que fico contente com qualquer uma delas.

Nobodies

Papa preocupado com Darfur, Iraque, Líbano e Afeganistão
O Papa expressou hoje a sua preocupação com a situação vivida nas zonas onde «ressoam as armas», nomeadamente Darfur, Iraque, Líbano e Afeganistão, e pediu ao Menino Jesus que dê aos governantes sabedoria para encontrarem soluções «justas e estáveis».





We are the nobodies
Wanna be Somebodies...

24 de dezembro de 2007


Ouvi dizer que era Natal.

14 de dezembro de 2007

Quando se gosta de alguém

Os créditos são todos para o Fernando Alvim. O texto é dele, as palavras também, assim como a beleza.
Venerei isto.

Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.

Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?


Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.

Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.

Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós.

@http://esperobemquenao.blogspot.com/

12 de dezembro de 2007

Miudezes

É com algum espanto que oiço os meus colegas a falarem de Bastonários da Ordem dos Advogados, de reuniões, de leis, de assuntos, e de coisas jurídicas.
Afinal, nem todos conseguem estar a par destes assuntos.
Eu não estou.

Afinal de contas, tenho 19 anos e estou-me a borrifar para a Ordem dos Advogados, muito basicamente falando. Sinceramente, não acho nem bem, nem mal.
Após tirar o curso (daqui a uns 20 anos, vá) sou obrigada a fazer um acesso de admissão à Ordem, para poder exercer a advocacia.
Ou seja:
-Posso tirar a merda do curso, e nem sequer conseguir exercer uma das saídas dele.

Mais coisas:
Direito não é para a toda a gente. Não é acessível, não é básico, não é para parvos.
Não é para quem, como eu, gosta de pensar livremente.

Existem regras.
Existem protocolos.
A vida social, passa a ser nula. Ou quase. Quando a há, começamos a pensar em coisas. Jurídicas. Contratos, vendas, tudo.
A vida pode, de facto, ser racionalizada, e ser vista como um contrato. É um facto incontestável. Mas deve isto passar a prática corrente?

Tenho professores que dizem que Direito é uma ciência racional.
Tenho outros (uma, vá, não exageremos, que o exagero é pecado) que dizem que não, que é preciso haver sentimento, emoção, e deve ser algo sentido.

Não sou a melhor pessoa para dizer isto, porque de Direito, não percebo nada. Acho que tão pouco quero perceber. Gostava mesmo era de puder fazer alguém feliz, em termos judiciais, e pensar:
BOLAS, consegui contornar uma sociedade excessivamente racionalizada e fazer alguém triunfar nesta sociedade exageradamente capitalista.



E sim, é um curso feio, chato, mói a cabeça, mas até que dá vontade de modificar algo.


(Às vezes penso que até gosto de estar aqui. 5% do tempo. Não que isto tenha a minha cara, porque não tem. Acho que é a vontade de mexer com algo que fala mais alto que eu. Acho.)

5 de dezembro de 2007

Férias

Tenho saudades dos tempos em que férias, significavam mesmo férias.

2 de dezembro de 2007



Gato gato,
Gato sapato.

E ele é o meu príncipe.

1 de dezembro de 2007

Eu escrevi isto, em 2005.

Não,eu não odeio o meu País. Pelo contrário, Portugal deve ser dos países com as paisagens mais lindas do mundo. Com o seu toque antigo, com a sua simplicidade simples, com a sua beleza natural. Não precisámos de prédios gigantes para fazer com que uma cidade deixe os turistas de boca aberta. A nossa beleza natural, sem grandes coisas, faz com que todos se surpreendam

Não,eu não odeio o meu país. Odeio a mentalidade portuguesa que iniste em ser mesquinha, em viver num mundo negro,onde tudo são problemas, e não há felicidade.

Porque viver é alegria, e o nosso espírito deve estar cheio de cor. Para quê continuar a viver num ultra-romantismo insuportável?

27 de novembro de 2007

http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html

25 de novembro de 2007


É pena quase não poder ficar,
No sítio onde as mãos se dão.

24 de novembro de 2007

Tautologia


Tautologia é o termo usado para descrever um dos vícios da linguagem, mais concretamente na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes mas com o mesmo sentido.

- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- como prémio extra
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- todos foram unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito
- tenho um amigo meu

E esta, hem?

23 de novembro de 2007

Last FM Open Mind

Quem tem last.fm?
http://www.musickum.com/

Aqui vão os meus gostos:

musical taste
rock20.52%
alternative7.1%
indie6.72%
alternative rock6.03%
Grunge5.56%
punk4.87%
seen live4.27%
french3.19%
Soundtrack3.12%
pop2.95%
industrial2.94%
metal2.92%
horror punk2.67%
instrumental2.33%
portuguese rock2.05%
Major tags > 2 %77.24%

Other Tags <>22.76%
industrial metal1.86%
punk rock1.68%
singer-songwriter1.56%
female vocalists1.46%
Portugal1.37%
folk rock1.34%
80s1.04%
electronic0.86%
folk metal0.81%
industrial rock0.71%
classic rock0.69%
jazz0.61%
sad0.57%
ebm0.55%
pop rock0.49%
german0.45%
swing0.44%
funk0.43%
darkwave0.43%
Canadian0.42%
Ukrainian0.42%
Gypsy0.39%
neofolk0.36%
electronica0.32%
tuna0.31%
gold lion0.3%
yyy0.3%
indie rock0.29%
hard rock0.28%
symphonic metal0.27%
britpop0.23%
world0.2%
folk0.2%
portuguese0.15%
ukrainian rock0.15%
male0.15%
oldies0.12%
wgt 20060.12%
electro-pop0.11%
death metal0.11%
british0.1%
Scottish0.08%

Sou rockeira.

21 de novembro de 2007

Ponto verde



Vocês já viram coisa mais fofa que o reclame da sociedade ponto verde?


Oh, vá lá.


Tu és bonzinho



Eu porto-me bem.

18 de novembro de 2007


O gato mordeu-me a língua, fiquei com dores, e não sei que dizer.



Parece que os Iron Maidem vão-nos visitar.

Iron Maiden no Super Bock Super Rock

Os Iron Maiden vão actuar na próxima edição do Festival Super Bock Super Rock, adianta a edição de hoje do Correio da Manhã.


O concerto, integrado na tournée Somewhere Back In Time, decorre a 9 de Julho. A digressão recupera temas do início da carreira dos Iron Maiden.

17-11-2007


http://diariodigital.sapo.pt/disco_digital/news.asp?section_id=2&id_news=26908

16 de novembro de 2007

Frio




Está frio. Sim, está frio.
Esta é aquela altura do ano em que chegamos à cama e, com toda a fúria do mundo, puxamos os cobertores para nós. Como quem diz: és meu, és meu, daqui não sais e, se saíres, é porque eu quero, posso e mando.
Está frio.
Aqueles dias em que são 6 da tarde mas já parecem 8. O nariz funga 3 vezes ou mais em 10 minutos, e nem nos apercebemos. Ganha vida própria, como se já quisesse sair de casa e ter filhos. Dois ou três.
Frio.
Aquele frio que faz como que a praia deixe de ser um sítio para fazer de nós bifes, e passa a ser um local de reflexão. Olho, olhamos para as ondas gigantes à nossa, frente, para o céu cinzento e sentimos o vento nas nossas fuças.
Fodasse, 'tá frio.






A foto foi tirada por mim, no Alentejo. Eu diria que está bonita.

15 de novembro de 2007

Curiosidades

Todos nós conhecemos o Traje Académico, envergado pelos estudantes universitários. O que provavelmente nem todos conhecem, são as pequenas histórias à volta dele.

O Traje surgiu com o objectivo de não existirem diferenças sociais entre os estudantes, com o fim último de serem todos iguais no ensino universitário.

Porquê o preto?
Não é ao acaso que o Traje Académico é preto. Antigamente, em Coimbra, a noite era perigosa. Fizeram-se assim uma espécie de patrulhas entre os estudantes académicos, para que os caloiros pudessem chegar a casa a salvo. As polícias da altura, tinham muita tendência a perseguir os estudantes, daí a escolha do preto, como uma espécie de disfarce camaleónico durante a noite. É por isso que se traça a capa ao cair da noite, ou à meia noite (a doutrina diverge), para que nenhum branco se veja.
Como meio de defesa, utilizavam uma moca (que ainda hoje é utilizada no âmbito da praxe), já que não era permitido o uso de armas, e a polícia andava sempre à espreita.

Porquê que o metal não pode tocar na capa?
Morreram muitos estudantes devido a esses assaltos. Eram apunhalados por trás, rompendo assim a capa traçada. Desde aí, diz-se que metal na capa, trás azar.



Algumas curiosidades sobre o traje, ficam aqui reveladas.
Outra questão que se faz actualmente sobre o Traje Académico, é se este é ou não praxístico.

Discordo de quem acha que o é, devido às origens deste. Mas, na realidade, não vejo utilidade prática em quem não é pela Praxe, comprar o Traje. É desconfortável, é quente, é frio, dá cabo dos pés...Enfim, acarreta uma série de senãos. Acho que quem o usa, usa por gosto e com um certo amor. Eu uso-o, pela Praxe. Não o quero para mais nada, não tem, como disse, utilidade prática. Acho que a Praxe apoderou-se do uso do Traje por usucarpião. Mas isso agora, são outras histórias.

Já repararam na quantidade de vírgulas que uso? Chega a ser irritante.

Quotes Memoráveis

Seth: I fell.
Ann: Evidently. Off a train?
Seth: I fell in love. Please help me find her.

Seth: Let's go.
Maggie: Where?
Seth: Anywhere.
Maggie: What'll we do?
Seth: Anything.

Seth: Why do people cry?
Maggie: What do you mean?
Seth: I mean... what happens physically?
Maggie: Well... umm... tear ducts operate on a normal basis to lubricate and protect the eye and when you have an emotion they overreact and create tears.
Seth: Why? Why do they overreact?
Maggie: [pause] I don't know.
Seth: Maybe... maybe emotion becomes so intense your body just can't contain it. Your mind and your feelings become too powerful... and your body weeps.

Cidade dos Anjos


Amélie: [whispering in theater] I like to look for things no one else catches. I hate the way drivers never look at the road in old movies.

Narrator: Amélie still seeks solitude. She amuses herself with silly questions about the world below, such as "How many people are having an orgasm right now?"
[scenes of various orgasms taking place]
Amélie: Fifteen.

Hipolito (The Writer): We pass the time of day to forget how time passes.

Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain

14 de novembro de 2007


Artigo 136.º
Infanticídio
A mãe que matar o filho durante ou logo após o parto
e estando ainda sob a sua influência perturbadora,
é punida com pena de prisão de 1 a 5 anos.


Artigo 131.º
Homicídio

Quem matar outra pessoa é punido com pena de
prisão de 8 a 16 anos.


Artigo 159.º
Escravidão
Quem:
a) Reduzir outra pessoa ao estado ou à condição de escravo; ou
b) Alienar, ceder ou adquirir pessoa ou dela se apossar
com a intenção de a manter na situação
prevista na alínea anterior;


é punido com pena de prisão de 5 a 15 anos.


Artigo 163.º
Coacção sexual
1 - Quem, por meio de violência, ameaça grave, ou depois de,
para esse fim, a ter tornado inconsciente
ou posto na impossibilidade de resistir, constranger outra
pessoa a sofrer ou a praticar,
consigo ou com outrem, acto sexual de relevo é
punido com pena de prisão de um a oito anos.


Artigo 164.º
Violação
1 - Quem, por meio de violência, ameaça grave, ou
depois de, para esse fim,
a ter tornado inconsciente ou posto na impossibilidade
de resistir, constranger outra pessoa:

a) A sofrer ou a praticar, consigo ou com outrem,
cópula, coito anal ou coito oral; ou

b) A sofrer introdução vaginal ou anal de partes
do corpo ou objectos;

é punido com pena de prisão de três a dez anos.
2 - Quem, por meio não compreendido no número
anterior e abusando de autoridade resultante
de uma relação familiar, de tutela ou curatela, ou de
dependência hierárquica, económica
ou de trabalho, ou aproveitando-se de temor que
causou, constranger outra pessoa:

a) A sofrer ou a praticar, consigo ou com outrem,
cópula, coito anal ou coito oral; ou

b) A sofrer introdução vaginal ou anal de partes
do corpo ou objectos;

é punido com pena de prisão até três anos.


Artigo 165.º
Abuso sexual de
pessoa incapaz de resistência
1 - Quem praticar acto sexual de relevo com
pessoa inconsciente ou incapaz,
por outro motivo, de opor resistência,
aproveitando-se do seu
estado ou incapacidade, é punido com
pena de prisão de seis meses a oito anos.

Artigo 171.º
Abuso
sexual de crianças
1 - Quem praticar acto sexual de relevo
com ou em menor de 14 anos, ou o
levar a praticá-lo com outra pessoa, é
punido com pena de prisão de um a oito anos.






13 de novembro de 2007

Alive, 07.



Lembro-me como se fosse ontem. Levantei-me cedo, agarrei no bilhete, e fui à procura deles. São únicos, são maravilhosos, são Grunge, são os Pearl Jam.
Um dos melhores dias da minha vida, sem dúvida. E ele estava lá, o Eddie. O meu Eddie, o nosso Eddie, o Eddie do grunge, que não muda, que não se vende, que é, de facto, grande.

Deu-me saudades do Alive. Assim do nada. Ficam as recordações, e o bilhete. Até sempre.

Halp?


Os exames estão a chegar.

12 de novembro de 2007

É tudo uma questão de aparência.



É tudo uma questão de aparência, nos dias de hoje. No trabalho, em casa, na rua, seja onde for.
Já viste aquela pirosa?

Não sei. Não sei realmente o porquê. Vista eu o que vestir, não deixa de ser o meu cérebro que está dentro da minha cabeça. Não deixo de pensar da minha maneira, não sou outra pessoa.

Porque é que recorremos cada vez mais à cirurgia plástica?

Diria que, na maioria das vezes, é por uma questão estética. A busca pelo perfeito, pelo ideal, por tudo que seja...o máximo. Não porque estamos mal com nós próprios, mas porque queremos ser mais e melhor que o vizinho da frente.

Ser mais novo.
Ser mais bonito.
Ser o melhor.
Ser.

Ser alguém que não somos agora. Até que ponto será isto correcto?
Concordo com quem faz cirurgias porque não se sente bem consigo próprio. Uma, ou outra, pontual, que não mudam o nosso aspecto, apenas nos fazem sentir melhor connosco próprios. A questão que se põe actualmente, é que já pouca gente faz isso. Não se querem sentir bem como eles próprios. Querem que os outros se sintam mal, porque eles são os mais. Melhores, bons, óptimos.

Estará bem?
Sim, não me afectam. Quanto aos outros, amanhem-se. Quem precisa e sente necessidade de ser assim tão melhor, é porque não merece aquilo que tem.



11 de novembro de 2007

Private Practice


Private Practice. Um dos meus mais recentes vícios.
Sou fã e espectadora atenta/assídua de Grey's Anatomy, apesar das quecas instantâneas da Meredith, que me irritam um bocado. Quando a Addison entrou para o elenco, confesso que a série espevitou, e ganhou um novo interesse. Afinal, existem poucas coisas mais engraçadas que uma ginecologista adúltera, com o bonús de ser uma bitch deliciosa. Não por ser gira - não é, de todo, o meu departamento - mas por ser uma personagem incrivelmente interessante, com os seus amores e desamores pelo McDreamy, McSteamy, e outros Mc's que eventualmente aparecem.

Esta personagem evoluiu, e saiu do Seattle Grace. Foi para NY exercer medicina privada, numa clínica cuja sócia maioritária é a sua melhor amiga dos tempos da faculdade. Anda às turras e aos pontapés com um McJeitoso que exerce medicina alternativa. Não tem nada em comum com ela. Addison é uma mulher de ciência, ele nem por isso.

Não que muita gente leia isto mas, de facto, não é uma série muito conhecida por este território. O que é uma pena, porque é uma série completamente sóbria, com um bom argumento, e uma possível bonita história de amor. Mais engraçada que as quecas instantâneas de Meredith Grey.

Parece-me, numa escala de 0 a 20, 17 bem.


Médicos

Queria hoje dizer algo sobre o mediatismo à volta do curso de Medicina.

Primeiro, porque não deixam abrir faculdades privadas de Medicina em Portugal.
Segundo, porque querem aumentar as vagas, e os estudantes de medicina que já o são, estão contra este aumento.

Referindo-me em primeiro lugar ao caso das privadas. Neste país, infelizmente, o sector privado anda a funcionar bem melhor que o sector público. Acreditem em mim, custa-me bastante dizer isto, porque quem me conhece, sabe que sou a favor de um Estado Social, em prol dos cidadãos. Mas isto não anda lá muito a acontecer. Em primeiro lugar, porque não existe dinheiro. Em segundo, não tem existido grande eficiência.
Prova disso, são certos cursos do Privado que são bem melhores que os públicos. Falo de, por exemplo. Direito na Universidade Católica Portuguesa. Falo também de Ciências da Comunicação na Universidade Fernando Pessoa. Podia falar de muitos mais, mas fico-me por aqui.
Se existem projectos, com pés e cabeça para abrir um curso de Medicina privado em Portugal, porque não?
Não me falem de desinjustiças. O ensino superior não é para quem quer, é para quem pode. É para aqueles que lá conseguem entrar por mérito, e para quem tem dinheiro. Injustiço? Bastante. Mas estamos numa era onde não dá para mais. Há uns anos atrás, o ensino superior era para ricos e para homens. Quero acreditar que, apesar de tudo, evoluímos.

Ponto dois:
Se abrirem este curso no privado, vamos todos para o desemprego!
Ok, obrigado por pensarem nisto só para o curso de medicina. Sim, porque eu faço parte do clube de desgraçados que quando acabarem o curso estão completamente lixados. Porquê? Porque deixam abrir o curso de Direito em tudo que é sítio. Já não bastava haver uma Universidade PÚBLICA a abrir 500 vagas por ano para este curso, como deixam tudo que é Universidade Privada abrir. E quem fala de Direito, fala de Psicologia. E cursos de línguas. Etc.

Em suma:
Estamos num país, onde temos falta de médicos, e excesso de outras profissões. Se me doer o pé e não conseguir marcar consulta num médico, vou visitar um psicólogo. Afinal, existem aí em abundância. E quem sabe, a minha dor de pé, pode mesmo ser psicológica.

Parece-me francamente bem.

10 de novembro de 2007

50 Cent retira-se da música se vender menos que Kanye West

50 Cent ameaçou retirar-se da música se o seu novo álbum vender menos que o de Kanye West, que será igualmente lançado no dia 11 de Setembro.


50 Cent referiu que se o seu álbum «Curtis» vender menos que «Graduation», de Kanye West, passará apenas a compor para outros artistas, abandonando a carreira a solo. Por outro lado, Kanye West não consegue perceber o consenso à volta dos Arcade Fire.

12-08-2007



....


50 Cent mantém decisão de continuar na música

Apesar de ter perdido o «combate» com Kanye West, 50 Cent vai manter-se na música por ser «um lutador como qualquer rapper».


O músico disse ainda que «todos os rappers querem ser os melhores e reconhecidos como tal». Daí que «todos voltem à música».

09-11-2007



Damm! Pensava eu que esta gente, ainda tinha honra...É que dava jeito ele ter alguma. Assim nunca mais o ouvia.

Parecia-me mesmo bem.

8 de novembro de 2007

Primeiro.

Tenho algo a dizer, sobre certas coisas que ocorrem por esse mundo fora.

Levanto-me eu a estas belas horas (leia-se, 11.00 mais ou menos) e, como interessada pelo mundo em geral que sou (cof cof), vou ler o JN. Deparo-me com a seguinte notícia.


Catherine é o nome de uma pistola de calibre .22, uma "pienoispistooli", como se chama na Finlândia a essa categoria de armamento. Terá sido com ela que um jovem de 18 anos matou oito pessoas - oito alunos e o director - numa escola de Tuusula, 50 quilómetros a norte de Helsínquia, antes de disparar contra ele próprio sem a mesma mortífera precisão, pois estava entre os 11 feridos hospitalizados com ferimentos diversos. À noite, o médico--chefe do hospital de Helsínquia que atendeu os feridos confirmou a sua morte.

1- Que raio de idiota dá o nome à sua arma, ainda por cima um nome feminino? É certo e sabido que os seres do sexo masculino é que são os mais violentos. Mas, quando aparece um furacão ou algo do género, pimba! DÁ-LHE NOME DE MULHER CARALHO!

O nome feminino dado à arma está relacionado com uma das pistas associadas ao tiroteio, um vídeo anteontem publicado no YouTube, site de partilha de vídeos na Internet, sob o título "Massacre na Escola Secundária de Jokela - 11/7/2007". Nesse pequeno filme, posto em linha por um utilizador com a alcunha "Sturmgeist89" (espírito da tempestade, em Alemão), a imagem fixa de uma escola, que se presume a de Jokela, dá lugar à imagem de um rapaz sobre fundo vermelho, apontando a arma à câmara, tudo sonoramente enquadrado com música "metal".

2- Já não bastava ter dado o nome de uma gaja à arma, ainda por cima profana o metal. Retira-se então daqui, que as mulheres que ouvem metal, conduzirão este mundo ao Apocalipse.


O resto da notícia não interessa. Vários jovens morreram, inclusive o brilhante jovem que teve esta ideia. Enfim.

Se tudo que é mau, tem nome de mulher, se Sturmgeist89 é espirito da tempestade;
tempestade = mau.
Mau = mulher
E se metal é mau porque conduziu a isto, metal será um estilo de música também ele feminino...

CONCLUSÃO:
A culpa é de Deus, porque Deus criou o mundo, e se o mundo está mau, foi criado por um ser mau, logo Deus é uma mulher.

Provavelmente serei eu.

Parece-me bem.



Foi?

Pareceu-me bem.
Existem uns dias onde estamos mais virados para a crítica, outros nem por isso. Seja este dia, o primeiro de todos os dias aqui passados.