15 de novembro de 2007

Curiosidades

Todos nós conhecemos o Traje Académico, envergado pelos estudantes universitários. O que provavelmente nem todos conhecem, são as pequenas histórias à volta dele.

O Traje surgiu com o objectivo de não existirem diferenças sociais entre os estudantes, com o fim último de serem todos iguais no ensino universitário.

Porquê o preto?
Não é ao acaso que o Traje Académico é preto. Antigamente, em Coimbra, a noite era perigosa. Fizeram-se assim uma espécie de patrulhas entre os estudantes académicos, para que os caloiros pudessem chegar a casa a salvo. As polícias da altura, tinham muita tendência a perseguir os estudantes, daí a escolha do preto, como uma espécie de disfarce camaleónico durante a noite. É por isso que se traça a capa ao cair da noite, ou à meia noite (a doutrina diverge), para que nenhum branco se veja.
Como meio de defesa, utilizavam uma moca (que ainda hoje é utilizada no âmbito da praxe), já que não era permitido o uso de armas, e a polícia andava sempre à espreita.

Porquê que o metal não pode tocar na capa?
Morreram muitos estudantes devido a esses assaltos. Eram apunhalados por trás, rompendo assim a capa traçada. Desde aí, diz-se que metal na capa, trás azar.



Algumas curiosidades sobre o traje, ficam aqui reveladas.
Outra questão que se faz actualmente sobre o Traje Académico, é se este é ou não praxístico.

Discordo de quem acha que o é, devido às origens deste. Mas, na realidade, não vejo utilidade prática em quem não é pela Praxe, comprar o Traje. É desconfortável, é quente, é frio, dá cabo dos pés...Enfim, acarreta uma série de senãos. Acho que quem o usa, usa por gosto e com um certo amor. Eu uso-o, pela Praxe. Não o quero para mais nada, não tem, como disse, utilidade prática. Acho que a Praxe apoderou-se do uso do Traje por usucarpião. Mas isso agora, são outras histórias.

Já repararam na quantidade de vírgulas que uso? Chega a ser irritante.

1 comentário:

Volt disse...

Pff, eu uso o traje porque manda pinta, é quentinho e até imponho respeito. E gosto da tradição académica, embora odeie a praxe. (E a Praxe também, sei que fazes distinção.)