27 de janeiro de 2008

I.

O estranho do mundo, é que ele existe. Existe, e está por aqui.
O mais estranho é que ele é visual. É auditivo. É sentido por todos os sentidos e mais algum.

Não querendo fazer reflexões sobre o dia-à-dia, estas acabam por acontecer. O evento X, origina pensamento Y, que causa reacção Z. Quando damos por nós, estamos preparados matematicamente para o futuro. Como se fossemos máquinas. Já sabiamos o que ía acontecer, já sabíamos o que esperar.

O curioso, é que não era suposto o mundo ser racional. As coisas aconteciam e ponto. Não no mundo físico, que tem sempre explicação, mas sim no fundo humano. Não era suposto, não estava previsto, que isto acabasse assim. Mas afinal, acabou por dar este resultado.

Assim como o PI é 3,14(...).

Alguns até já dizem que nos apaixonámos porque tem de ser. Porque aquela pessoa (aquela que pensaste que tinha despertado, acordado o amor que em ti vivia) tem o químico YH2, que combina perfeitamente como teu JT4.

Diz-se.

Diz-se por aí. Não quer dizer que seja a verdade, eles não são Deus. Posso eu ser Deus?
Sou Deus. No meu mundinho, naquele que não se explica, do que não tem nada para ser explicado. Eu não quero.

A verdade. A verdade pode ser complicada. E é. Eu não a quero saber.

A mentira. A mentira é cruel, mas sabe tão bem... Às vezes.

A dor. É física? É psicológica? É? O que é?

Nós. Nós somos as formigas do mundo, que o tentam explicar.

Tu. Tu és aquele que lê. Que me acha isto. Ou aquilo.

Aquilo? Sim, aquilo. O que eu não sei que é. Talvez não queria saber. Talvez sim.

Existência complexa de CO2 combinada com ¾ de H2O mais o que ele trouxe num frasco em pó e eu não.

Loucos, eles são loucos. E eu ainda mais.

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